domingo, março 30, 2008

Cyrano de Bergerac (1990)

Ultimamente tenho estado a rever filmes comprados em DVD que há muito não via. Ao contrário de muitas pessoas que acham que uma vez visto não vale a pena ver de novo, eu gosto de de tempos a tempos revisitar algumas obras cinematográficas.

Nos bons filmes, aqueles bem escritos onde existem várias camadas além da mera superficialidade, encontramos sempre novos aspectos na narrativa.

E eis que assim surge este filme falado em francês, protagonizado por Gérard Depardieu (Cyrano) e Anne Brochet (Roxane) que passo a descrever:

Cyrano, génio da poesia, que se pela por uma boa batalha. Diz tudo o que pensa sobre os outros, isso ele não falha. Mas nem de tudo ele consegue falar. Ama sua prima Roxane como o seu próprio respirar. Porém nada disso ele lhe diz. Talvez por causa do nariz.

Cyrano de tamanha feiura, teme por ela ser gozado se lhe falar do seu amor. Teme a ela pedir para por ela ser amado. Que ela responda com um riso que o deixe amargurado. Nada diz à sua prima que na verdade até o estima mais do que ele tinha pensado.

Roxane que deste amor nada sabe, de Christian, um galã, apaixona-se apenas pela beleza. Mas pensa ter a certeza, que também são belos os seus pensamentos. Que produziram encantamentos no seu olhar da princesa. Mas o belo rapaz não tem o dom de falar. Da sua boca não nascem belas palavras, apenas coisas ocas que dão vontade de dormitar.

Roxane entusiasmada, fala a seu primo deste novo amor. Cyrano ao ouvir a novidade, seu coração parte de tanta dor. Pior das azares, o rival é um seu cadete que ele promete nada de mal acontecer, que talvez até com sua vida o irá proteger.

Mas entre os dois algo acontece, um pacto estranho Cyrano faz com ele. Christian será sua beleza e ele sua cabeça. Dizendo as palavras que do belo não saem, ele maravilha sua prima que pensa serem de Christian as palavras em rima.

Assim se vê que um amor assim não terá bom fim. Que pouca sorte. A tragédia e a morte não perderam o seu norte e o sangue ficará frio daquele que descobriu no sorriso da sua prima princesa, toda a chama acesa... enfim no limiar da vida a felicidade perdida que só no fim soube achar.

Uma crítica em verso para um belo filme falado quase todo em verso.
Atenção que os versos do filme são muito melhores que esta brincadeira que aqui escrevi. :)

Vale a pena ver de novo(ou caso seja o seu caso pela primeira vez) para quem gosta deste estilo. Uma boa classificação sem dúvida.

Classificação 8/10

1 Críticas:

Anonymous Anónimo disse...

Nunca o consegui apreciar totalmente...

31/3/08 21:46  

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